Recebemos de alguns leitores, o questionamento sobre as podas feitas pela Ceee Equatorial na rede elétrica de São Lourenço do Sul.
Alguns moradores relataram também nas redes sociais, que a poda está destruindo algumas árvores, sendo podadas de qualquer jeito sem conhecimento técnico e, além disso, a folhagem demora a ser recolhida e outros nunca foram recolhidos que já estão com as folhas todas secas.
Um outro morador da avenida Santos Abreu relatou que desligaram a energia do local para realizar a poda e quando a equipe foi embora não realizou o religamento. Voltaram no outro dia para religar.
Conversamos com o Professor e Biólogo da FURG Eduardo Forneck, o qual nos relatou inicialmente que estas podas estão sendo realizadas fora de um período do ano adequado para tal.
Seria interessante inclusive que fosse feito um estudo prévio de como as espécies devem ser podadas, pois cada uma tem sua peculiaridade. É importante também ressaltar que as árvores e a vegetação em geral são indispensáveis para a qualidade ambiental da zona urbana, assim como as ilhas de frescor e sombra, que mantém a temperatura mais agradável e estável, especialmente nesses meses de calor extremos, sendo fundamentais para a qualidade de vida.
Forneck relatou que tem observado o conflito de diversas árvores com a fiação da rede elétrica ao longo dos anos em seu trabalho no município e tem recebido denúncia de moradores, preocupados com a situação. Portanto, pode-se notar que o manejo da vegetação feito pela Ceee Equatorial é realizada sem muita técnica e em período do ano não recomendado.
Alerta ainda que esse trabalho deve ter um acompanhamento e fiscalização da gestão do município, pois também é assunto de seu interesse, uma vez que é preciso preservar o meio ambiente e manter espécies em pé mantendo a estética das ruas e equilíbrio climático.
Sendo assim, deve-se atentar para a chamada “poda drástica”, feita de “qualquer jeito”, sem pensar na simetria e sem pensar como irão ficar as copas das árvore e galhos cortados sem controle e sem um olhar de um engenheiro agrônomo, florestal ou biólogo.
O COMUMA (Conselho Municipal do Meio ambiente de São Lourenço do Sul, o qual Eduardo é conselheiro tem intenção de colocar em pauta nas próximas reuniões o assunto sobre a poda drástica que tem ocorrido no município e o objetivo é auxiliar a Seplama nesse assunto.
Entramos em contato também com a assessoria da Ceee Equatorial, a qual nos respondeu que “ a gente faz poda quando afeta o abastecimento, em caso de emergência ou em ações preventivas. O ideal mesmo é que as pessoas que tem árvores dentro dos seus terrenos, são responsável pela poda e devem contratar serviços licenciados que cumpram as normas ambientais e de segurança antes que os galhos encostem na rede elétrica. No caso das ruas e praças, é a prefeitura que precisa fazer esse trabalho. Quanto ao recolhimento, as ruas de menor movimento o prazo para recolher é de até 5 dias”.