São Lourenço do Sul está incluso na lista de 36 municípios contemplados pelo decreto coletivo de situação de emergência assinado pelo governador José Ivo Sartori na quinta-feira (22). O decreto é válido por seis meses e o município tem o prazo de 10 dias para apresentar o relatório de danos. O prefeito Daniel Raupp assinou o Decreto Nº 4.322, na sexta-feira (16), declarando situação de emergência em São Lourenço do Sul nas áreas afetadas pelas chuvas excessivas, ventos fortes, granizo e inundação. O decreto segue para reconhecimento do Governo Federal.
A homologação do Governo do Estado foi tema de uma reunião coordenada pelo prefeito Daniel Raupp na manhã de sexta-feira (23) com o secretário municipal do Desenvolvimento Social e Habitação, Rodrigo Seefeldt, e a secretária municipal de Planejamento e Meio Ambiente, Andréa Citrini.
O prefeito Daniel Raupp destaca a importância do reconhecimento da situação que o município está enfrentando. “Reforça mais uma vez que a nossa gestão tem tido atenção especial com nossa comunidade. Não perdemos tempo na busca pelo o que é um direito da nossa população” – afirma. Raupp salienta também que a homologação possibilita que, através dos relatórios recebidos pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social e Habitação, articulada com as demais secretarias, o município capte recursos, bens e utensílios visando a recuperação da infraestrutura.
A Prefeitura prossegue realizando o levantamento de dados e o cadastramento no Sistema Nacional de Defesa Civil, com a demarcação das áreas de risco e o registro dos prejuízos públicos e privados. Na zona urbana, foi constatado um prejuízo de cerca de R$ 2 milhões. Foram registrados alagamentos em diversos pontos. As áreas mais afetadas foram as margens do Rio São Lourenço, a estrada para o Camping Municipal e a região dos balneários – devido ao grande volume de chuva e ventos no município e em todo o Rio Grande do Sul, ocasionando a elevação do nível da Lagoa dos Patos. Essa elevação causou a destruição do calçadão na orla das praias das Ondinas, Nereidas e Barrinha e danos nas redes de drenagem urbana.
O secretário municipal do Desenvolvimento Social e Habitação, Rodrigo Seefeldt conta que o processo de levantamento de dados é realizado em parceria com entidades como a Associação Comercial e Industrial (ACI/CDL), o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, o IRGA, o escritório local da Emater, a CEEE e a Afubra. “Na área da agricultura registramos um prejuízo privado de aproximadamente R$ 26 milhões, valor repassado por estes órgãos. A agropecuária foi atingida em cerca de R$ 1 milhão e o setor de serviços em aproximadamente R$ 100 mil” – afirma o secretário.
Seefeldt explica que o próximo passo da Prefeitura é elaborar um plano detalhado de resposta para o Governo do Estado e o Governo Federal, com o objetivo de solicitar recursos para auxiliar na recuperação com obras de infraestrutura pública, assim como a comunidade. “Aguardamos ainda, o reconhecimento federal, fundamental para acessar alguns recursos para a recuperação da cidade, amenizando as perdas que o município teve” – destaca.
Também houve queda de granizo e vento na zona rural, causando estragos nas benfeitorias, plantações, vias e redes elétricas, queda de pontes, bueiros e deslizamentos de terra nas estradas da zona rural, interrompidas em diversos pontos com água sobre a pista. Foram registrados 358mm de precipitação em outubro, sendo que o previsto para o mês eram 130mm.
DECOM
FOTO: GUILHERME KRUGER